O fazendeiro Nei Castelli, acusado de mandar matar os advogados Marcus Aprígio Chaves e Frank Alessandro Carvalhaes de Assis em 2020, foi condenado a 21 anos de prisão. Além dele, Cosme Lompa Tavares também foi condenado por participar do crime. A terceira acusada, Hélica Gomes, foi absolvida. Os réus foram acusados de planejar e executar o crime, que causou grande comoção na cidade na época.
Nei Castelli e Cosme Lompa receberam a mesma sentença e serão submetidos a uma pena de 21 anos, 10 meses e 15 dias de prisão, em regime inicialmente fechado, por homicídio duplamente qualificado. A pena será cumprida na Penitenciária Coronel Odenir Guimarães (POG), localizada em Aparecida de Goiânia.
Hélica Gomes, que era namorada de Pedro Henrique Martins, um dos condenados pela execução dos homicídios, foi absolvida das acusações. No ano passado, Pedro Henrique foi condenado a 45 anos, 6 meses e 10 dias de prisão em regime inicialmente fechado.
O clima durante o julgamento foi marcado por tensão e emoção. No primeiro dia, ocorreu uma discussão acalorada entre a defesa e uma testemunha, além de questionamentos sobre as provas apresentadas. No segundo dia, os trabalhos começaram com o depoimento do fazendeiro Nei Castelli, seguido por um confronto entre a defesa e a acusação.
Durante o julgamento, foram ouvidas 12 testemunhas. Nei Castelli e Hélica Ribeiro Gomes negaram qualquer envolvimento no crime, enquanto Cosme Lompa Tavares corroborou a versão do fazendeiro. No entanto, apenas a versão de Hélica foi aceita pelo júri.
Motivação
O julgamento ocorreu quase três anos após a morte dos advogados. Segundo as investigações e a denúncia do Ministério Público, Nei Castelli foi o mandante do crime, motivado pela derrota em uma ação judicial que o obrigava a pagar uma quantia de R$ 4,6 milhões aos advogados. Cosme Lompa foi contratado pelo fazendeiro para intermediar a contratação dos executores.