A Justiça determinou o afastamento de Eduardo Ribeiro Martins, diretor da unidade prisional de Trindade, após denúncias de agressões físicas, psicológicas, maus-tratos e tortura contra presos do local. O Ministério Público de Goiás (MP) e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) foram responsáveis por apresentar a denúncia, que culminou no afastamento.
Consta nos autos que seis detentos relataram terem sido torturados e espancados por pelo menos três servidores do presídio. Entre os castigos, os presos eram colocados sem roupa em um local chamado de “casinha do cachorro”.
Ainda de acordo com a denúncia, os servidores jogavam água fria nos detentos a cada 20 minutos, com início às 18 horas e término às 06 horas da manhã do dia seguinte.
Relataram, ainda, que os agentes cobram que eles aprendam a falar a palavra ‘preso’ em cinco idiomas, jogando mais água. Também disseram que são colocados no ‘Nuclinho’ por até cinco dias como punição, sem colchão e sem banho.
Em nota, a Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP) ressaltou que acatou a decisão judicial e realocou o diretor afastado para outra unidade prisional. Uma investigação interna do órgão também apura o ocorrido.