A revista Carta Capital publica caderno Especial/Desenvolvimento no qual classifica o Centro-Oeste como a nova fronteira do crescimento nacional, com “safras recordes e alta produtividade”. Reportagem especial apresenta o perfil dos produtores, traz dados sobre a produção e pontua que, diante da demanda crescente por alimentos dos países emergentes, em particular a China, a produção da soja, milho, carne bovina, frango e cana-de-açúcar deslanchou e empurrou a região rumo a um desenvolvimento sem precedentes. “Se o Nordeste comandou a expansão regional entre o fim do primeiro e o início do segundo mandato de Lula, estimulado principalmente pelos programas de transferência de renda e os reajustes do salário mínimo, o Centro-Oeste desponta nos últimos anos como o novo eldorado, região dinâmica movida inicialmente por tratores e colheitadeiras, mas cada vez mais por fábricas e pelo consumo de uma população cuja renda per capita cresceu 78% entre 2005 e 2010.”
De acordo com o especial, o dinamismo da região provoca efeitos positivos em setores importantes da economia nacional. Entre janeiro e agosto, as vendas de máquinas agrícolas e tratores avançaram 26% em relação ao mesmo período do ano passado. A Anfavea, associação das montadoras, prevê crescimento de 18% em relação a 2012. Uma parcela considerável desse desempenho tem relação direta com o momento do Centro-Oeste. A modernização do campo e o aumento da renda têm levado a uma diversificação da economia. Em Goiás, a cidade de Catalão concentra a indústria automobilística e a mineração. Atraída pelos incentivos fiscais estaduais, a Mitsubishi está na cidade desde 1998. Investiu no período cerca de 1 bilhão de reais, segundo Robert Rittscher, presidente da empresa no País. A região foi escolhida, diz o executivo, inicial mente por estar próxima do mercado consumidor de caminhonetes, especialidades da marca japonesa.
