Em entrevista de uma página ao Diário da Manhã, nesta sexta-feira, o deputado federal Ronaldo Caiado (DEM) incorre no mesmo erro que vem sendo repetido por pré-candidatos ao Governo do Estado como Iris Rezende, Júnior Friboi ou Vanderlan Cardoso: fala, fala, fala mais um pouco, mas não apresenta propostas para o Estado.
A entrevista repete o estilo pessoal do deputado e é repleta de autoelogios e, de vez em quando, alfinetadas pesadas nos seus possíveis adversários. Ele insiste no seu desejo de se candidatar a governador, mas não consegue esconder o seu completo isolamento, uma vez que o único aliado que apresenta é o empresário Vanderlan Cardoso – que também pretende ser candidato a governador e, portanto, não vai apoiar Caiado.
Segundo o líder ruralista, ele e Vanderlan representam a “terceira via”, cujo propósito, no momento, é levar um “projeto novo” para a discussão com a sociedade.
Mas, Caiado nada antecipa ou detalha sobre esse “projeto novo”.
Genericamente, ele afirma que a “terceira via” se fundamenta no “compromisso com a moralidade, a ética, combate à corrupção e fim do fisiologismo e do paternalismo”.
Esses itens, como se sabe, estão na cartilha de todos os partidos políticos brasileiros e são metas conceituais. Como efetivá-las, Caiado não explica.
Apesar de estar no quinto mandato parlamentar e de descender de uma família que marca presença na política de Goiás há mais de 100 anos, Caiado, na entrevista ao DM, se apresenta como “renovação” e ainda cita outros nomes que, segundo ele, também seriam de “renovação”: Jorcelino Braga, Joaquim de Lima, Vanderlan Cardoso e Flávia Morais.
Chega.