A deputada federal dona Iris Araújo acaba de completar quatro meses como presidente estadual da Fundação Ulysses Guimarães, órgão de estudos e pesquisas do PMDB nacional.
Dona Iris assumiu a Fundação Ulysses no dia 17 de maio, com um discurso – como sempre – carregado de ataques ao governador Marconi Perillo, mas ela mesma, na oportunidade, reconheceu que só críticas não são suficientes para a oposição ganhar a eleição e que era preciso apresentar boas propostas para a sociedade.
Formular essas propostas, segundo dona Iris, seria o objetivo da sua gestão na Fundação Ulysses.
Quatro meses passados, no entanto, e o PMDB continua na mesma, com um discurso de ataques ao governador, mas sem propor alternativas. Dona Iris, enquanto isso, aprofundou ainda mais o seu discurso raivoso e agressivo – e o tal projeto para Goiás, cuja condução competiria a ela formular, como presidente estadual da Fundação Ulysses, não saiu do plano das intenções.
Pior: as dificuldades para encontrar propostas para o Estado parecem ter contaminado todo o PMDB. Iris Rezende, nunca se preocupou com isso. Júnior Friboi, que se declara pré-candidato a governador alegando ser o “novo”, jamais mostrou ser dono de uma ideia qualquer para Goiás.
A bancada estadual mostra-se perdida e aceitou a humilhação de ajuntar um papelório e levar ao Ministério Público Estadual, incapaz de estruturar por conta própria uma visão crítica, na Assembleia, sobre as Organizações Sociais que estão revolucionando o atendimento nos hospitais estaduais.
Mas, como presidente estadual da Fundação Ulysses, a missão de elaborar um planejamento para um possível futuro Governo do PMDB seria mesmo da deputada dona Iris.
Só que ela não está dando conta.