Simão Cirineu deixa o Governo do Estado como o mais bem sucedido secretário da Fazenda da história administrativa de Goiás.
Ao assumir, ele recebeu uma herança caótica, deixada pelo desastrado e desastroso governador Alcides Rodrigues, que legou ao seu sucessor um déficit superior a R$ 2 bilhões.
Em silêncio, falando baixo, mas firme e duro, Simão realizou um espetacular ajuste fiscal, alinhando a situação financeira do Estado a todas as exigências da Secretaria do Tesouro Nacional e viabilizando bilhões – isso mesmo – bilhões de reais em empréstimos para que o governador Marconi Perillo pudesse implementar um ambicioso e extenso plano de obras.
Graças à qualidade do trabalho técnico de Simão e ao seu relacionamento nos escalões do Ministério da Fazenda, o Governo Federal – mesmo sob pressão dos adversários de Marconi – não teve como negar nenhum, mas absolutamente nenhum mesmo, dos pleitos de Goiás.
Há poucos dias, a imprensa noticiou que Iris Rezende, pessoalmente, teria se queixado ao vice-presidente Michel Temer com a frase: “Como vocês querem que a gente derrote o Marconi se vocês estão enchendo ele de dinheiro?”.
Iris referia-se justamente ao empréstimo de mais de R$ 1,5 bilhões, cujo contrato foi assinado hoje, justamente na cerimônia do adeus a Simão Cirineu, no Palácio das Esmeraldas – a primeira parcela, mais de R$ 500 milhões, já está depositada na Secretaria da Fazenda e representa o último lance da série de acertos de Cirineu à frente da pasta.
Mas, a saída do secretário e a sua substituição por José Taveira permite ainda uma outra leitura. A fase de ajuste fiscal passou e, agora, chegou a hora de colher os louros.
A gestão fiscal passa a ser direcionada para dar suporte ao plano de obras, que se encontra em andamento acelerado e vai inevitavelmente produzir resultados políticos fortes, com reflexo nas eleições do ano que vem.
Simão vai, mas deixa saudades.