Diz um ditado, no meio político e jornalístico, que um Governo enfraquecido é sempre melhor que um Governo bom e forte.
Isso porque, para a imprensa, um Governo ruim é fonte infindável de matérias negativas, que dão mais ibope. Para os políticos, um Governo fraco se torna vulnerável à pressão e passa a ser uma valiosa fonte de concessões e atendimento fisiológico. E para o Ministério Público um Governo ruim de gestão é a oportunidade para os holofotes que os seus membros tanto amam.
Pode ser essa a explicação para a tremenda reação que o sucesso da administração dos hospitais estaduais através das Organizações Sociais vem provocando em Goiás.
Para começo de conversa, os hospitais do Estado saíram do noticiário. Hoje, 100% – não é exagero: 100% – das reclamações são voltadas para o atendimento da Prefeitura de Goiânia, que não consegue deslanchar no atendimento da saúde municipal, que é feito via Cais, onde, aí sim, reina o verdadeiro caos.
Já se contam meses e meses desde que O Popular e os noticiosos do meio dia, na televisão, publicaram as últimas reportagens com denúncias e episódios problemáticos nos sete hospitais que o Governo do Estado administra em Goiás.
Quem é do contra não sabe o que fazer e arranca os cabelos da cabeça.
Do contra: imprensa, Ministério Público e políticos da oposição.
Há poucos dias, a jornalista Fabiana Pulcineli, de O Popular, escreveu um artigo “primoroso” contra as OSs. Da primeira à última palavra, rigorosamente, não havia um único fato determinante contra a gestão dos hospitais estaduais, apenas detalhes e miudezas que podem ser encontradas em toda parte e que o Governo do Estado já anunciou que está resolvendo – um projeto de lei vai ser enviado à Assembleia reforçando os critérios para a operação do sistema de saúde estadual via Organizações Sociais.
O Ministério Público está embasbacado. Levantou-se com virulência contra as OSs, na defesa dos interesses corporativos dos funcionários da saúde e das intermináveis e complexas licitações para a aquisição de remédios e insumos, que, na prática, inviabilizam o funcionamento dos hospitais da saúde. Mas, com o bom funcionamento do novo sistema, o MP Estadual simplesmente entrou em desorientação e não sabe o que dizer.
E a oposição? Essa, coitada, incapaz de resolver o natural discurso crítico com os seus próprios mecanismos institucionais – leia-se: a atuação da sua bancada na Assembleia – resolveu assumir a sua inoperância e recorreu ao Ministério Público com um dossiê com denúncias velhas e requentadas, sem nenhuma novidade, acusando as Organizações Sociais de fatos que já foram superados na prática do dia a dia (e nem metade da bancada apareceu na entrega do tal dossiê).
Mas o fato é que as Organizações Sociais funcionam e eliminaram o gargalo que o atendimento nos hospitais estaduais representava para a saúde pública em Goiás.
O ganho, para a população, é concreto. Não há mais manchetes na imprensa, escrita, falada ou televisada (ai que horror…!) contra o atendimento. Não há mais pacientes reclamando. Não há mais falta de nada, nem de medicamentos, nem de médicos, nada, nada, nada.
O que restou é a falta de assunto: para a oposição, para o Ministério Público e para Fabiana Pulcineli… ôoops, para a imprensa.