quinta-feira , 18 julho 2024
Goiás

Marconi recebeu “terra arrasada” como herança do governador Cidinho, diz jornal

Veja texto do jornalista Cezar Santos, publicado no Jornal Opção, sobre a herança que Marconi recebeu do governo Cidinho

Terra arrasada como herança

Eleito, Marconi assume em 1º de janeiro de 2011 num cenário de terra arrasada, herdando o governo em situação caótica — nem mesmo a folha de pagamento do funcionalismo do mês de dezembro Alcides Ro­drigues quitou. Nessa situação, o primeiro ano de governo foi de acerto da casa, reorganização administrativa, enfim, arrumando a bagunça que o governo anterior tinha deixado. Nada de obras, é claro.

A população sentia falta daquele Marconi Perillo que tinha realizado gestões diferentes, dinâmicas. E a oposição, naturalmente, no papel dela, tratou de ampliar os defeitos e problemas da gestão marconista. O que já estava ruim ela mostrava, o que não estava tão ruim, ela botava defeito.

Em 2012 chega o vendaval Carlos Cachoeira, o escândalo do empresário-bicheiro que foi apontado como o vilão maior da política nacional. Marconi se viu enredado numa teia, que teve origem no Palácio do Planalto, com o ex-presidente (mas presidente de fato do País) Lula da Silva obrigando sua base parlamentar a dificultar ao máximo as coisas para Marconi.

Por tudo isso — escândalo Cachoeira, falta de recursos e de obras, máquina pública ainda emperrada —, 2012 foi mais um ano de dificuldades, em que a oposição nadou de braçadas nas críticas ao tucano. Como a infraestrutura é um ponto de destaque do PMDB irista, a oposição, principalmente os deputados do partido, centrou nas rodovias esburacadas suas críticas mais assertivas. Obviamente sem fazer nenhuma questão de lembrar que o (ex)parceiro Alcides Rodrigues, tido como o pior governador de Goiás, tinha passado quatro anos sem dar manutenção nas estradas.

Nessa altura, a imagem de Marconi Perillo como um político sagaz, realizador e dinâmico já tinha sofrido um desgaste inequívoco. Para a oposição, o homem estava liquidado, não teria chance de reeleição e muitos diziam que até o candidato que ele apoiasse estaria encrencado.

Mas eis que chega 2013. Aliás, na se­gunda metade de 2012, as obras do terceiro mandato marconista começaram timidamente. Resultado de recursos obtidos com o governo federal, empréstimos, melhora na arrecadação. Mesmo nos momentos mais difíceis, no imbróglio Carlos Cachoeira, Marconi não deixou de cuidar da casa.

A reorganização administrativa e a economia nos gastos levada a efeito nos dois primeiros anos possibilitaram ao Estado contrair financiamentos para a realização de obras. Tanto que o próprio governo federal, através da Secretaria do Tesouro Nacional (STN), responsável pela administração e utilização dos recursos financeiros que entram nos cofres do Estado brasileiro, deu aval ao governo goiano.

Para criticar o tucano, o opositor Vanderlan Cardoso (PSB), por exemplo, vem batendo na tecla do endividamento promovido pelo governador. Vanderlan não se dá conta (ou não quer se dar conta) de que a dívida de Goiás, hoje, é proporcionalmente menor do que antes do governo tucano, levando-se em conta a arrecadação, que é o parâmetro para medir tamanho de dívida.

Com o governo deslanchando, obras sendo realizadas, a imagem do tucano Marconi Perillo está sendo visivelmente recuperada. Há pesquisas (inclusive da oposição) que mostram isso. Imagine-se então, daqui a um ano, com a sequência de obras a serem inauguradas.

O governo vive nova realidade. O político Marconi Perillo respira ares bem mais amenos. O que prova que o tucano tem um poder de superação como poucos políticos no Brasil. É esse poder que a oposição vai ter de enfrentar em 2014 — como adversário direto ou como o cabo eleitoral mais “indigesto” que se pode imaginar.

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