O deputado bolsonarista Gustavo Gayer (PL-GO) foi condenado pela Justiça do Trabalho a pagar R$ 80 mil em danos morais coletivos por assédio eleitoral durante a campanha de 2022. A sentença, proferida pelo juiz Celismar Coelho de Figueiredo, da 7ª Vara do Trabalho de Goiânia, foi divulgada na última segunda-feira (25).
A ação civil pública teve origem a partir de uma denúncia anônima, que alegava que o parlamentar estava visitando diversas empresas para fazer campanha a favor do então candidato à presidência Jair Bolsonaro (PL), que concorria contra Lula (PT) ao cargo.
O Ministério Público do Trabalho abriu uma investigação em outubro de 2022, e algumas empresas assinaram um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), comprometendo-se a não receber políticos em suas dependências.
Gayer foi intimado, mas não compareceu, enquanto a investigação revelou que, em 20 de outubro, ele foi a uma panificadora em Goiânia pedir votos para Bolsonaro. O MPT no processo afirmou: “A empresa parece ter paralisado todas as suas atividades no setor de produção, pois não se vê ninguém executando tarefas laborativas, mas apenas ouvindo as admoestações do réu Gustavo Gayer”.
Em resposta, o bolsonarista publicou um vídeo nas redes sociais, alegando ter sido convidado pelos empresários para explicar os planos de governo dos candidatos e que o encontro não era obrigatório para os funcionários. Ele ainda chamou a procuradora do Trabalho, Janilda Guimarães de Lima, de “petista histérica” e afirmou que irá recorrer da sentença.
Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados