O anunciado embate no plenário da Assembleia Legislativa, nesta terça-feira, entre os deputados Túlio Isac (PSDB) e Samuel Belchior (PMDB) pode acabar não acontecendo devido à extrema desvantagem em que se encontra o parlamentar peemedebista.
Ninguém acredita que, depois de tanta denúncia, Samuel vai ter coragem de aparecer na sessão plenária desta terça.
Desde o começo da divulgação da Operação Miquéias, tocada pela Polícia Federal para desbaratar uma quadrilha que desviava recursos de fundos de pensão municipais, avolumaram-se os indícios de forte envolvimento de Samuel Belchior no escândalo.
Grampos telefônicos, que vão vazando pouco a pouco, deixam o deputado peemedebista cada vez mais enrolado.
Nesta segunda-feira, surgiu a foto do almoço de Samuel Belchior, Leandro Vilela e Daniel Vilela, registrada por agentes da Polícia Federal que monitoravam o grupo.
Além disso, apareceram gravações de telefonemas entre Samuel e a operadora da quadrilha, Luciane Hoepers. Em uma delas, divulgada pelo Jornal Nacional, Samuel chama a moça de “chefa”.
Se aparecer para enfrentar Túlio Isac, o peemedebista estará em franca desvantagem. O propósito de Túlio, conforme ele mesmo esclareceu, é perguntar ao plenário como é que um deputado que vivia na tribuna fazendo denúncias de corrupção contra o Governo do Estado de repente aparece envolvido até os cabelos em um escândalo nacional de desvio de dinheiro público?