Que partido é esse?
A pergunta cabe como uma luva para o PMDB goiano.
O atual presidente estadual do partido é o deputado Samuel Belchior, indiciado pela Polícia Federal no inquérito da Operação Miqueias pelos crimes de formação de quadrilha e corrupção ativa. A PF define Belchior como “membro da organização criminosa”, além de “lobista e intermediário da quadrilha junto a políticos do seu Estado”.
Mas ainda tem mais. Os diálogos telefônicos grampeados pela Polícia Federal são humilhantes para o deputado ao mostrá-lo ensinando a “pastinha” Luciane Hoepers a seduzir políticos. Samuel chama a moça de “chefa” e diz que “estou trabalhando bonito proceis”.
A reação, dentro do próprio PMDB, já começou. Há setores do partido defendendo o imediato afastamento de Samuel Belchior do comando da sigla, por absoluta falta de credibilidade.
Seria uma boa. Mas adivinhe só quem assume, caso Samuel Belchior deixe o maior cargo do PMDB estadual?
Sim, quem assume é o vice, o deputado federal Leandro Vilela. Ele não foi indiciado pela Polícia Federal, mas se enrolou na Operação Miqueias ao ser fotografado por agentes federais, no restaurante Dom Francisco, em Brasília, almoçando com Samuel, o primo Daniel Vilela e a bela “pastinha” Luciane Hoepers – que tentava encaminhar bons negócios na Prefeitura de Aparecida.
Sai Samuel, se sair, entra Leandro Vilela. Ou seja: o PMDB pula fora do espeto, mas cai na brasa.