Em situação de crise, nada de amadorismo. É preciso agir profissionalmente e escolher os caminhos que menos desgastes vão trazer.
Não é o que acontece com o prefeito Paulo Garcia (PT) e com o presidente da Câmara de Vereadores, Clécio Alves (PMDB). Os dois têm errado continuamente na condução da greve dos professores municipais de Goiânia, que terminaram ocupando o plenário da Câmara e criando um violento foco de desgaste tanto para Paulo quanto para Clécio.
Vai aqui um exemplo que os dois poderiam ter seguido. A Assembleia Legislativa, tanto na gestão de Jardel Sebba quanto de Helder Valin, que se alternam há sete anos, sofreu inúmeras invasões, inclusive de professores estaduais em greve. Em 2010, um acampamento de sem-terras chegou a ser montado no saguão da Assembleia.
Não houve nenhum problema. Nem Jardel nem Valin recorreram a qualquer tipo de ação contra os manifestantes, muito menos pedidos de reintegração de posse à Justiça ou simplesmente chamar a polícia. Nada disso. Os invasores ficaram o quanto quiseram e depois se retiraram pacificamente.
Afinal, o Legislativo não é a casa do povo?
Entre mortos e feridos, nas seguidas invasões ao prédio da Assembleia, salvaram-se todos.