O governador Marconi Perillo vive uma fase virtuosa. Em viagem à Europa, assiste de longe ao incêndio que consome os seus prováveis adversários nas eleições do ano que vem.
Sobre o PMDB, nem é preciso dizer nada. A Operação Miqueias, ao indiciar o presidente estadual do partido, Samuel Belchior, como “lobista e intermediário da organização criminosa!”, se encarregou de calar o partido.
O PT, por sua vez, está enrolado com a greve dos professores municipais, que desgasta o prefeito Paulo Garcia e expõe a falta de democracia do partido, supostamente “dos Trabalhadores”, mas que mobiliza até o sindicato da categoria – o Sintego – contra os educadores municipais.
Do lado da “terceira via”, a situação é não menos caótica. Humilhado pelo governador Eduardo Campos e pela ex-senadora Marina Silva, o deputado federal e líder ruralista Ronaldo Caiado rompeu a aliança com o empresário Vanderlan Cardoso, que por sua vez arranca os cabelos (recém implantados) sem entender o que está acontecendo.
Ao mesmo tempo, os temas que desgastaram o Governo do Estado nos seus primeiros dois anos de mandato desapareceram da mídia. As Organizações Sociais administram com sucesso os sete hospitais estaduais, enquanto as rodovias já apresentam os primeiros resultados positivos depois do intenso programa de recuperação a que estão sendo submetidas. Os dois temas desapareceram das manchetes desfavoráveis da mídia regional.
E sobram recursos no caixa do Estado, aportados em grande parte com o apoio da presidente Dilma Rousseff – para desespero dos adversários do PT e do PMDB.
Marconi vai bem. A oposição vai mal.
