A aliança com o deputado federal Ronaldo Caiado e o DEM era o único trunfo que o empresário Vanderlan Cardoso (PSB) tinha para as eleições do ano que vem. E olha lá, porque Caiado, todos sabem, não é político de perfil universal e portanto não agrega votos em eleições majoritárias.
Daí, fica fácil concluir que Vanderlan anda de cabeça quente – o que sobrou para ele foi o apoio do ex-vice-governador Alcides Rodrigues e uma aliança com o PRP, presidido por Jorcelino Braga, uma legenda tão nanica e insignificante que nem sequer tem tempo de televisão, ainda que segundos. Fora isso, Vanderlan ainda congrega um balaio de personagens do baixíssimo clero da política regional – e só.
É o “desespero” com a saída de Caiado que explica as declarações desconexas que Vanderlan está dando à imprensa. Em O Popular desta sexta-feira, o empresário garante que o governador Eduardo Campos ficou de ter uma conversa com o líder ruralista, quando, segundo Vanderlan, tudo seria esclarecido e Caiado poderia retornar à aliança com o PSB.
Mas o repórter Caio Salgado, que fez a matéria, foi esperto: ele ligou para a assessoria de Eduardo Campos, que disse que não, que haverá conversa alguma e que “a questão está resolvida”.
De resto, só quem acredita em miragens poderia apostar em uma possível meia-volta de Ronaldo Caiado, que jamais engoliria os desaforos que ouviu de Marina Silva e o menos ainda o distrato unilateral que Eduardo Campos decretou para a aliança do PSB com o DEM.
Vanderlan, portanto, está sozinho. E na rua da amargura. Virou myco para a eleição do ano que vem, se chegar lá…