Nas declarações que tem dado sobre o fim da aliança do deputado federal Ronaldo Caiado e do DEM com o PSB, o empresário Vanderlan Cardoso chora, lamenta, diz que vai tentar reverter tudo, revela-se inconformado e tal e tal, repete compulsivamente que respeita Caiado, mas… não se solidariza em nenhum momento com o líder ruralista diante dos ataques que ele recebeu da ex-senadora Marina Silva.
No embate entre Marina e Caiado, ficou claro que o pano de fundo é um confronto ideológico, uma divergência conceitual e ideológica. Mas Vanderlan caiu fora. Não fala sobre a importância do agronegócio, não defende Caiado da acusação de ser “inimigo histórico dos trabalhadores rurais”, não entra no debate de ideias, enfim, que marcou o a “discussão” do deputado com a ex-senadora.
Está claro que o empresário está manobrando entre dois pólos. A esquerda, campo no qual Eduardo Campos mergulhou de vez ao fechar com Marina Silva, e a direita, que tem em Ronaldo Caiado um dos seus maiores expoentes no país. Como também não é um homem de ideias, Vanderlan só quer aproveitar o que serve aos seus interesses, em ambos os lados. Como um bom empresário, o negócio dele é tirar vantagem da situação.
Assim, Vanderlan segue elogiando Marina Silva com adjetivos rasgados, enquanto, em relação a Caiado, repetindo, só lamenta, chora, garante que vai buscar de volta, etc, mas nada de oferecer a ele respaldo e solidariedade pelos ataques que sofreu da parte da ex-senadora.