Nos últimos meses, tentaram mudar o nome de Anápolis para ‘Paraisópolis’. É que a cidade era muito bem governada e que o prefeito Antônio Gomide é nota dez.
Na saúde, pelo menos, impera o caos no município. Se você precisar de médico em Paraisópolis, quer dizer, Anápolis, pode esquecer. O Sistema de Saúde está em colapso. Para se ter ideia, a Polícia Federal investiga uma série de suspeitas a cerca de improbidade administrativa. E nos últimos dias, o Brasil acompanhou uma história no mínimo bizarra: um besouro entrou no ouvido de uma criança e o Hospital Municipal de Anápolis não realizou nenhuma intervenção quando procurado.
A família de Beatriz Silva, de 7 anos, passou o último fim de semana em completo desespero.
Imagine a dor: a garota acordou, aos gritos, na madrugada de sábado com o inseto dentro dela. Os familiares levaram a menina ao Hospital Municipal de Anápolis. Olha o depoimento para o G1: “Eles (os médicos) viram que estava sangrando bastante. Mas a gente tentou atendimento no local e nada”.
Cíntia da Silva, a mãe, desabafa: “A gente procura a saúde pública e nunca encontra o que a gente quer. Tive que andar dia e noite por uma consulta com o otorrino. É meio difícil”.
Em nota, a Secretaria de Saúde de Anápolis informou que no fim de semana não existem otorrinos de plantão. Ah, passa amanhã, gente… A Constituição Federal garante saúde como um direito social e pronto. Não está lá na Lei Maior que o Sistema Único de Saúde (SUS) de uma cidade do porte de Anápolis não pode ter um otorrino de plantão. É absurdo.