Veja o que o ex-deputado e ex-presidente do PMDB diz sobre a candidatura de Júnior Friboi ao governo de Goiás em 2014, em entrevista ao Diário da Manhã:
Questionado sobre se vai enfrentar Iris Rezende e Júnior Friboi nas prévias ou Convenção do PMDB, Wagner Guimarães diz que o ex-prefeito até agora não se manifestou pré-candidato nem a intenção de postular a sucessão estadual.
Sobre o empresário Júnior Friboi, o ex-deputado diz o porquê quer enfrentá-lo na disputa interna do partido. “E por que o faço? Porque não gosto do que estou vendo. Júnior Friboi não era do PMDB, ao contrário, ele sempre esteve ao lado de Marconi e do governo do Estado. Só veio para o PMDB para ser candidato. Ora, qual a legitimidade que ele possui? A do dinheiro? Essa não é legitimidade, antes, é uma forma espúria de se fazer política. Quem compra, não tem compromisso com o povo. Quem paga, quer é tomar posse e o Estado não pertence a uma pessoa ou grupo. Esse é o grande mal da política brasileira e a sociedade brasileira, nos protestos de rua em todo o País, sinalizou que já não tolera essas práticas. Mandato não pode ser comprado, deve ser conquistado pelo discurso, por propostas e compromissos.”
Wagner Guimarães foi taxativo: “Quem compra eleição, seja interna dentro dos partidos, seja popular, não tem compromisso. Ninguém joga uma fortuna fora, sem garantia de retorno. Não existe louco rasgando notas de R$ 100 em Goiás. Júnior, antes de buscar a indicação como candidato a governador do PMDB, deveria provar nas urnas que merece ser governador, pois, até hoje, ele nada fez a não ser esmagar a classe produtora ao cartelizar a compra de carne em Goiás. Essa não é a credencial que queremos e esperamos de um candidato.”
Indagado sobre como via as sinalizações de Brasília e do PMDB nacional favoráveis à candidatura de Júnior Friboi, Wagner Guimarães disse não ver legitimidade da direção em manifestar-se sobre a sucessão em Goiás, depois de aceitar o encerramento da CPMI do Cachoeira sem aprovação do relatório final. “A direção nacional do PMDB virou as costas ao que acontecia no Estado e, ao fazer isso, perdeu o direito de falar sobre Goiás. “Se quiser ter nosso respeito e que acatemos suas considerações, deverá primeiro, fazer uma autocrítica de suas ações contra os legítimos interesses de nosso Estado. Não podemos aceitar interferências sobre o que é melhor para Goiás de quem não quis ajudar quando necessitávamos desse apoio.”