O indiciamento do deputado estadual e presidente regional do PMDB, Samuel Belchior, no inquérito da Operação Miqueias, que desbaratou um esquema de desvio de recursos de fundos previdenciários municipais, é assunto também do artigo do jornalista Carlos Alberto Santa Cruz no Diário da Manhã deste sábado.
E são só porretadas.
Santa Cruz afirma que o ex-prefeito Iris Rezende prefere ter Samuel Belchior no comando do partido em Goiás, mesmo com a ficha suja, porque o seu afastamento implicaria na pose do primeiro vice-presidente, o deputado federal Leandro Vilela, que é “homem do curral de Júnior Friboi”.
Por isso, sob orientação de Iris, “o PMDB partiu para banalizar o ilícito em que Samuel se envolveu: isso não foi corrupção, foi sedução, referindo-se a presença da modelo Luciane Hoppers, definida pela Polícia Federal como um chamariz sexual para atrair políticos a participar do negócio escuso”.
Ao embarcar em uma trilogia perigosa – sexo, dinheiro e poder -, “abestalhado com os encantos da modelaço” Samuel Belchior mostrou que é um “noviço na política”, segundo Santa Cruz. Portanto, sem amadurecimento para presidir um partido como o PMDB estadual.
“Belchior logo depois reconheceu e confessou a culpa: ‘Atingiram a minha carreira política, os meus negócios e a minha vida pessoal. Agora, eu só penso em limpar o meu nome’. Basta essa confissão para impedi-lo de continuar à frente do principal partido de oposição que pretende chegar ao governo do Estado”, relata o jornalista.
E conclui: “Então ,é só ele renunciar à presidência. Mas, para os iristas, é melhor Samuel tomando conta do galinheiro do que Leandro Vilela com a boca cheia de penas”.