O jornalista Henrique Duarte escreveu um artigo demolidor a respeito da administração do prefeito Paulo Garcia (PT), que empurrou Goiânia para o obscurantismo às vésperas do seu octagésimo aniversário. Trata-se, segundo o jornalista, de “uma cidade angustiada e sufocada pelo crescimento desordenado”.
“Não se vê, no Paço, o vigor administrativo que a cidade requer, para salvar-se dos efeitos predatórios que ameaçam a sua integridade de urbe com vocação profética de cumprir missão social, humana e econômica no Centro-Oeste. Não se vê, na prática, reafirmar o conceito/slogan de ‘cidade sustentável'”.
Duarte acusa a gestão do prefeito de avançar “a passos de tartaruga” para desatar os nós da Capital. “Preferiu se amofinar a enfrentar de peito aberto problemas solucionáveis, como o dos professores municipais em greve prolongada”.
Às vésperas dos 80 anos da cidade, o jornalista lamenta que Goiânia tenha perdido o frescor e a beleza que saltavam aos olhos da população e dos visitantes. Lamenta, por exemplo, que não sejamos mais a “capital da eterna primavera” e que estejamos nos aproximando de outra festa natalina sem que ao menos se fale em iluminação festiva. “Até mesmo os parques, criados à abundância, capengam aqui e ali”.
Sobram também críticas às intervenções de Paulo Garcia em mobilidade urbana. A ciclovia da avenida T-63, diz Henrique Duarte, “sequer seguiu parâmetro de planejamento”, e a administração segue o caminho equivocado de investir milhões em viadutos, que ele chama de “verdadeira excrescência”. “No mundo inteiro desmancham-se os viadutos urbanos”.
Por fim, o artigo esculacha o ritmo lento das obras físicas da prefeitura. “Bem, se pequena obra passível de execução em três meses não se completa nunca, o que se dirá de outras, de maior porte como as que estão sendo realizadas na Marginal Botafogo”.
Reage, prefeito!