Em 2006, o hoje prefeito de Aparecida, Maguito Vilela, disputou com o ex-prefeito de Catalão Adib Elias o direito de ser o candidato a governador pelo PMDB. Maguito venceu com quase 70% dos votos, mas não levou o partido inteiro para o seu lado. A disputa interna deixou cicatrizes que o tempo não curou, e que foram decisivas para selar a sua derrota para Alcides Rodrigues (PP).
O PMDB de 2013 teme que a história se repita. Mais uma vez, duas alas se digladiam pela primazia de indicar o candidato. Iris Rezende, que antes era unanimidade, é desafiado por Júnior Friboi. Poucos têm a ilusão de que a legenda sairá inteira deste confronto. Se já sangra hoje, haverá de sangrar muito mais até outubro de 2014.
É este o quadro sombrio desenhado pelo jornalista Helton Lenine em reportagem publicada no Diário da Manhã desta segunda-feira. “A tradição partidária brasileira mostra que, após disputas internas, principalmente em convenções, o perdedor não se engaja de forma total na campanha do vitorioso, se omite e até faz corpo mole, o que contribui para um futuro fracasso do companheiro de partido na eleição propriamente dita”, afirma Lenine.
O jornalista lembra que quatro nomes estão no páreo: além de Iris e Friboi, apresentaram-se os ex-deputados Wagner Guimarães e Ivan Ornelas. “Os dramas vividos por sucessivas derrotas abalam e inquietam as principais lideranças peemedebistas no estado”.
Drama que, pelo visto, deve ser reeditado.