Uma das gotas d´água para o rompimento entre o atual governador Marconi Perillo e o ex-governador Alcides Rodrigues, o Cidim, foi o atraso do pagamento dos servidores públicos. Durante a gestão de Perillo (1999-2006), de dois mandatos, jamais os servidores receberam atrasado, mas com o governo de Alcides os atrasos passaram a ser constantes.
Cidim, hoje investigado pela Justiça e Ministério Público, pisou na bola em um dos principais trunfos do então “Tempo Novo”: pagar em dia e valorizar os servidores públicos. A denúncia é séria: desvio da folha de pagamento dos servidores.
Durante sete anos e três meses, o Governo de Goiás foi capaz de pagar os servidores. A maior suspeita é de que Cidim preferiu pagar fornecedores de governo a quitar os saldos de salário dos servidores públicos.
A situação foi tão caótica que Cidim, que despejou dinheiro nos veículos de comunicação e nas empresas contratadas pelo governo, deixou a folha de dezembro de 2010 sem fechamento. Eleito, Marconi Perillo acordou com um rombo sem precedentes e correu para fazer empréstimo e quitar a dívida dos servidores.
Cidim deixou seu governo com investigações por abusos contrários à Lei de Responsabilidade Fiscal, gastos de milhares de reais com voos particulares e desperdícios de R$ 1,3 milhão com bebidas alcoólicas.
Durante seu segundo mandato, Cidim passou quatro anos lamuriando que seu governo estava sem caixa, arrombado por supostas estripulias de Marconi Perillo, que teria dado aumento desmesurado aos servidores públicos. Com essa e outras lorotas, Cidim chegou a entrar na fila para pegar um milionário empréstimo para a Celg em pleno ano eleitoral quando foi denunciado.
Cidim até agora não explicou a gastança que poderia ter evitado seus anos de crise – já dito pelos pesquisadores de ciência política e sociologia como o “Pior governo da história dos goianos”.
O Ministério Público apura as razões do desvio do dinheiro do pagamento da folha de pagamento dos servidores.