Não existe, em nenhuma cidade sobre a face da Terra, uma ciclovia construída em cima de um canteiro central, estreito e ainda com árvores e palmeiras plantadas em todo o seu curso.
Por isso, a ciclovia da avenida T-63, inventada pelo prefeito Paulo Garcia (PT), é uma aberração em termos urbanísticos e, mais grave ainda, um convite a acidentes, assim que for concluída – se for – e colocada em funcionamento.
Em seu Twitter, a jornalista Fabiana Pulcineli chamou a obra de “lambança”.
A ciclovia está paralisada desde maio e, conforme reportagem da edição desta terça-feira de O Popular, não tem um único metro concluído.
Há problemas sérios a resolver. Um deles é como proteger os ciclistas que eventualmente se arriscarem a trafegar pela ciclovia. Segundo o repórter Vandré Abreu, de O Popular, “barreiras físicas deverão ser implantadas no trecho inicial para impedir a queda dos ciclistas, já que a pista foi feita rente à via”.
Tendência irreversível nas grandes cidades, as ciclovias são feitas para dar proteção aos ciclistas, reduzir o número de veículos das ruas e até mesmo embelezar e dar um toque cosmopolita e civilizado ao espaço urbano. Mas a futura pista da avenida T-63 não atende a nenhum desses requisitos. É maluquice mesmo.