São muitas as personalidades – estudiosos, empresários, sociólogos e até inventores – que apostam no fim dos jornais e revistas impressos, em prazos variados, mas nenhum tão rapidamente quanto o respeitado Ethevaldo Siqueira, escritor, consultor e jornalista especializado em novas tecnologias, trabalhando atualmente como colunista do jornal O Estado de S. Paulo, para o qual escreve desde 1967, além de colaborador especial da revista Época e comentarista da Rádio CBN.
Enquanto se fala na extinção dos meios de comunicação em papel até no máximo 2040 (Bill Gates, o gênio bilionário da Microsoft, chegou a prever que os meios impressos acabariam antes de 2000), Ethevaldo Siqueira assume uma posição radical: “O jornal impresso não tem mais do que cinco anos de vida.”, diz ele em seu blog na internet.
Segundo Ethevaldo, “o modelo econômico e industrial em que o jornal impresso se apóia está desmoronando sob o impacto simultâneo de quatro forças tecnológicas muito conhecidas do mundo econômico e empresarial: internet, mobilidade, computação em nuvem e redes sociais”, afirma ele.
Ele lembra que, “no Brasil, eram apenas 1 milhão de internautas em 1994. Hoje, são mais de 100 milhões, dos quais 80 milhões em banda larga”. Brincando, Ethevaldo garante que, “confesso, meus amigos, que atualmente só assino jornais impressos por puro saudosismo”.