Iris Rezende, Vanderlan Cardoso e Júnior Friboi têm, os três, duas coisas em comum: 1) são milionários e 2) querem governar Goiás.
Iris Rezende tem um patrimônio de no mínimo R$ 500 milhões (o valor exato é um segredo que ninguém conhece). Mas ele, quando foi senador, era o quinto mais rico da Câmara Alta. O patrimônio de Iris está concentrado em terras – e a maior parte no Mato Grosso, onde ele e seus irmãos são donos de vastas extensões, onde criam gado e plantam lavouras imensas.
Vanderlan Cardoso também tem o valor exato do seu patrimônio ocultado. Ele é dono da fábrica de salgadinhos Mycos, em Senador Canedo, hoje a menor do seu conglomerado industrial. Tem outras duas fábricas na Bahia e no Pará e está construindo mais uma, em Pernambuco, onde também levanta em parceria com empresários chineses um montadora de motos e triciclos (investimento de R$ 115 milhões).
Júnior Friboi, esse compra os dois – Iris e Vanderlan – e ainda sobra muito de troco. Júnior é biliardário, membro da família que controla a JBS-Friboi, o maior conglomerado de carnes do planeta. Consta que Júnior vendeu a sua participação na empresa, tendo recebido, em troca, uma fortuna em dinheiro também não revelada e menos ainda o que ele fez ou faz com ela. Ou seja: assim como Iris e Vanderlan, o dinheiro e o patrimônio de Júnior Friboi não está aplicado em Goiás.
Pois é: todos os três querem governar Goiás. Como se sabe, cabe ao governador defender os interesses do Estado e, nesse particular, nada é tão importante quanto a busca de novos investimentos empresariais, para gerar empresas e riquezas para os goianos – coisa que os três, nas suas atividades privadas, não fazem, já que levam o seu patrimônio para outros Estados.
Querem governar Goiás, sim, mas investir aqui, não.