Dizem que certas coisas só acontecem em Goiás.
Por exemplo: aqui, os políticos que querem governar o Estado apresentam os seus nomes, articulam, viajam ao interior, discursam, dão entrevistas, participam de eventos, mas não se preocupam em apresentar propostas para o futuro do Estado.
Ora, poderia até haver um artigo da Constituição: para governar, para os cargos de prefeito, governador e presidente, é obrigatório que os pretendentes apresentem planos e ideias para efetivar quando, caso aconteça, estiverem no cargo.
Mas aqui em Goiás, não. Aqui, esse artigo seria desrespeitado.
Vejamos os três nomes mais falados da oposição: Iris Rezende, Júnior Friboi e Vanderlan Cardoso. Nenhum formulou até agora nenhuma proposta, nenhum apresentou qualquer visão de futuro para Goiás.
Vanderlan e Friboi, ostensivamente, são candidatos a governador. Iris também é, mas disfarça, ainda não disse oficialmente que é. Mas o seu partido, o PMDB, vai apresentar um candidato em 2014 e poderia muito bem explicar o que pretende para o Governo do Estado.
O PMDB tem até uma Fundação – a Ulysses Guimarães – que é uma espécie de órgão dos estudos do partido. Em Goiás, quem dirige a entidade é a deputada federal dona Iris Araújo, mulher de Iris. Ela própria assumiu a presidência da Fundação Ulysses, há seis meses, anunciando que se dedicaria a um planejamento para o Governo.
Só que até agora não “planejou” nada.
Como é que pode uma coisas dessas: querem governar, mas não sabem dizer como vão governar.