O prefeito Paulo Garcia (PT) bate no peito que é gestor numa cidade sustentável. E ontem mostramos que o cidadão não tem segurança nem na calçada, quando o professor universitário Welliton Carlos, andando pela rua 1 do Centro, pisou em uma armadilha, que desabou com ele e tudo mais dentro de um buraco.
Para uns a vida chega a ser cômica. Mas para outros é fatal.
Agora, a prova inconteste de que o prefeito Paulo Garcia não está brincando na arte de fazer de Goiânia um grande videogame humano, uma cidade de risco: enquanto o professor caía, o juiz da 3ª Vara de Fazenda Pública Municipal, José Proto de Oliveira, condenava a Prefeitura de Goiânia a pagar R$ 10 mil para o marido e os três filhos da doméstica Dalira da Silva Ribeiro.
Motivo: ela morreu em acidente de trânsito ocasionado por um buraco no meio da rua. A família ainda terá direito a dois terços de salário mínimo por mais 23 anos. Dalira morreu aos 42 anos e foi considerada, para os cálculos, a data em que ela completaria 65.
Ou seja: R$ 10 mil por indenização de danos morais mais cerca de R$ 90 mil ao longo da vida. Agora a pergunta? A cidade sustentável de Paulo Garcia com tantos buracos e em plena temporada de chuvas vai dar quanto prejuízo para os moradores? Custava oferecer asfalto decente?
Dalira, coitada, estava em uma moto. O veículo era conduzido por seu esposo, Nivaldo Ribeiro da Silva, no dia 14 de março de 2011, aproximadamente às 22 horas.
Voltava cansada do trabalho. A família dependia de seus esforços. O casal trafegava pela Avenida 01, no loteamento Grande Retiro, em Goiânia, quando a moto caiu em um buraco existente na pista. Neste momento, Dalira, que estava na garupa, foi arremessada a mais de 20 metros de distância e morreu logo em seguida.
Inúmeras histórias como essa terminam sem resposta, sem condenação, pois o povo simplesmente não busca reparos na Justiça. Imagina se começar a buscar…