Este início de segunda quinzena de outubro 2013 já entra pra história como uma das semanas mais macabras da imprensa goiana.
Na segunda-feira (18), a Câmara Municipal negou título de cidadão goianiense para o jornalista Oloares Ferreira. Foram 12 votos contrários que sepultaram a homenagem – num gesto claro de insatisfação da base do prefeito Paulo Garcia com o jornalismo crítico desempenhado por Oloares.
Ou seja. Falou mal da Câmara, que é comandada por Clécio Alves (PMDB), então não vai receber o título. Sorte nossa que essa manobra torpe dos 12 vereadores não calará Oloares. Pelo contrário…
A segunda-feira foi negra. Ausente de luz, de pensamento, de inteligência na mente dos vereadores que votaram contra Oloares. Começou a terça-feira, dia 19.
A imprensa leva mais dois golpes. Primeiro, a jornalista Rosana Melo, de O Popular, é agredida verbalmente e pressionada por agentes da Polícia Civil que não concordaram com a matéria que ela escreveu para o jornal.
Lamentável. E o pior estava por vir.
O repórter Rubens Salomão (Rádio 730) estava no plenário. Foi identificado e como o veículo no qual trabalha tem postura crítica em relação à greve da Polícia Civil, alguns integrantes da corporação resolveram botar pressão no jornalista.
Um home chega, dá um tapa e toma o celular de Rubens. Depois, outro chega por trás e o empurra. E quando o jornalista já está sendo agredido, vem outro cidadão identificado com colete da PC e lhe dá um tapa na cabeça.
São agressões verbais, físicas e morais. São golpes duros contra a imprensa em pleno 2013. Atitudes covardes como essas não vão assustar os jornalistas de Goiás.
Nossa solidariedade aos colegas Oloares Ferreira, Rosana Melo e Rubens Salomão.