A possível filiação do vice-governador José Eliton ao PP, hoje comandado pelo deputado federal Roberto Balestra, é uma tentativa desesperada de sobrevivência política.
José Eliton foi guindado ao posto de vice da chapa encabeçada pelo PSDB, em 2010, representando o DEM, exclusivamente por indicação do deputado Ronaldo Caiado, para quem trabalhou anos a fio como advogado eleitoral.
Entretanto, uma vez eleito, acabou cooptado pela liderança do governador Marconi Perillo e se distanciou de Caiado, que por sua vez também assumiu postura de oposição quase radical a Marconi, incompatível com a presença de Eliton no núcleo de governo.
Além disso, com o enfraquecimento do DEM, amplamente solapado pela criação do PSD, não haveria como José Eliton novamente figurar na chapa de Marconi representando um partido que já não tem a mesma força de antes nem sequer um tempo de televisão expressivo.
O PP, assim, aparece como a solução para que Eliton consiga se manter como vice na chapa da reeleição, em 2014. Só que não vai ser fácil. Depois do PSDB – que terá Marconi como o candidato a governador – vêm o PTB, de Jovair Arantes, e o PSD, de Vilmar Rocha, como os maiores partidos da base aliada, com direito às duas vagas restantes, além de governador, a de vice e a de senador.
O PP é um partido hoje com representatividade muito inferior ao PTB e ao PSD, seja em número de municípios cobertos com diretórios, seja em quantitativo de prefeitos, deputados estaduais e deputados federais.
Mas, para José Eliton, é a única saída – por enquanto.