Imprensa e opinião pública esperam, há meses, por uma proposta de campanha do empresário Júnior Friboi.
Até aqui, no terreno do empresário só nasceu capim para engordar boi. Nenhuma ideia germinou.
Para disfarçar o imenso vazio provocado pela sua falta de vocação para o debate, Júnior saiu-se com uma proposta pra lá de demagógica: abrir mão do salário de governador.
A bem da verdade, isso nem é proposta. É um acesso de populismo barato e chinfrim.
Pra começar, é o mínimo que se espera de um político bilionário e que já se beneficiou muito do dinheiro público, via BNDES.
Tem mais: qual efeito prático, para economia do Estado, do seu ato de abdicação salarial?
A sua demagogia vai ajudar a frear o avanço do crack?
Vai permitir reajustar o provimento dos professores da rede estadual?
Vai criar condições para reforçar o efetivo de policiais civis e militares?
Dará margens para asfaltar e recuperar mais estradas?
O diversionismo demagógico do príncipe do açougue apenas distorce o debate sobre o Estado que queremos construir nos próximos anos.
Quem quer se governador precisa ter mais seriedade.