Habitualmente severo com os políticos, defensor da moral e da ética na vida pública, ferrenho crítico dos gastos que representam desperdício de dinheiro público, o procurador federal Hélio Telho não costuma se manifestar quando o assunto em pauta são as mazelas praticadas pela sua instituição – o Ministério Público.
É fácil ver os defeitos dos outros. Difícil é enxergar os nossos.
O outro nome para esse comportamento é HIPOCRISIA.
Vamos Lá, dr. Telho. O que o sr. acha do auxílio alimentação dos membros do Ministério Público Estadual, que vai consumir mais de R$ 13 milhões em recursos só com o pagamento dos atrasados?
Seu colega, dr. Haroldo Caetano, promotor estadual, foi corajoso e disse no Twitter que essa mordomia não passa de um “penduricalho” para disfarçar um reajuste de salários. Ele foi taxativo e disse que o auxílio alimentação “não tem amparo constitucional”.
O sr. concorda?
E mais: o sr. recebe auxílio alimentação?: Acha justo alguém que ganha mais de R$ 30 mil reais por mês receber ajuda para comprar comida, isso em um país onde a maioria dos trabalhadores não passa de R$ 1 mil a R$ 1,500 por mês e a maioria não recebe ajuda para pagar a comida?
Diz aí.