Dos governadoriáveis em 2014, quase todos têm muito a perder na disputa. Os cientistas políticos lembram que candidatos empresários não costumam decolar em eleições majoritárias, a não ser como vices – caso do saudoso José Alencar.
Neste caso, Vanderlan Cardoso (PSB) e Júnior Friboi (PMDB) tentam quebrar um tabu. É simples: a população sempre vê com desconfiança o discurso empresarial. Não custa nada lembrar as poucas aventuras destes personagens: Afif Domingues, em 1989, fracassou. E Silvio Santos nem decolou. O detalhe é que depois acabam por desisitir da política, sem perspectivas de dominar a gerência de grandes unidades federativas.
É o caso de Vanderlan. Derrotado em 2014, o que fará? Voltar a disputar eleições municipais em Senador Canedo?
Iris Rezende (PMDB) tem a perder a saúde. É com possivelmente sua última disputa política. E tem um nome a zelar. Pode entrar para a história como bom gestor ou como o gestor que deixa a administração nas mãos de incompetentes administradores, caso de Onofre Quinan e Paulo Garcia.
O prefeito de Anápolis, Antônio Gomide (PT), faz uma segunda gestão desastrada e muito criticada em Anápolis. Se perder a disputa ao governo, entra para a lista negra da população de sua cidade. E Anápolis é cemitério político – vide os integrantes da família Santillo, Ernani de Paula e Pedro Sahium.
E Marconi Perillo (PSDB)? Se optar pelo Senado, ninguém duvida que terá a maior votação da história de Goiás. E se disputar as eleições ao governo pode ainda vencer, pois lidera as sondagens mesmo sem dizer que é candidato. E na pior das hipóteses, com derrota, ele tem ainda duas a três décadas de política para frente.
Como se vê, a política é arriscada. Deixar a zona de segurança implica mais do que ter dinheiro. É preciso coragem.