Ao apostar na tese falaciosa do déficit de R$ 100 milhões, que Marconi Perillo (PSDB) teria deixado em 2006 ao se desincompatibilizar para concorrer ao Senado, o ex-governador Alcides Rodrigues (PP) e o ex-secretário da Fazenda Jorcelino Braga (PRP) pensavam que passariam impunes depois de espalhar lama sobre a reputação alheia.
O discurso de “terra arrasada” foi uma invenção maluca de Braga, que além de prejudicar Marconi também procurava um meio para justificar a inércia administrativa da gestão Alcides.
Mentiram, mentiram e mentiram o quanto puderam, embriagados pelo poder e pela certeza de que poderiam se perpetuar no governo. Um governo que se especializou em dizer não, que se transformou no anti-governo, ausente em todas as esferas em que deveria atuar para servir o cidadão.
Um governo que paralisou obras, interrompeu programas, cessou benefícios e virou as costas para o seu povo sob o argumento de que ali se praticava austeridade.
Pois o grande legado do governo Alcides Rodrigues é – pasmem – uma mentira. Alcides será lembrado pelas páginas dos livros de história por sua investida cruel contra o ex-governador que o projetou ao Palácio das Esmeraldas, num lance de traição e ingratidão que deixou todos boquiabertos.
E é por isso que os livros de história não haverão de se ocupar tanto com Alcides, a não ser com notas de rodapé. Afinal de contas, um governo que presta tamanho desserviço ao Estado não merece mais do que o desprezo das futuras gerações.
Se o leitor do blog 24 Horas quer mesmo saber, a multa de R$ 100 mil ficou de bom tamanho. Pelo mal que nos causaram, mereciam punição muito, mas muito maior.