A repórter política de O Popular, Fabiana Pulcineli, insinua, na edição deste sábado de O Popular, o mais importante jornal de Goiás, que a Assembleia Legislativa e o Tribunal de Contas faltaram com a verdade ao afirmar que o governador Marconi Perillo, ao concluir seu segundo mandato (2003-2006), não deixou nenhum déficit para o seu sucessor, Alcides Rodrigues.
Fabiana diz que Marconi tinha e tem grande influência política sobre as duas instituições: “Por contar com a ampla maioria dos deputados da bancada governista e por ter indicado a maior parte dos conselheiros do tribunal, Marconi mantém grande influência nas duas instituições”, afirma a jornalista, na tentativa de respaldar uma declaração debochada do ex-secretário da Fazenda, Jorcelino Braga, de que a decisão da Justiça que condenou a ele e a Alcides ao pagamento de uma indenização de R$ 100 mil reais ao governador, pela acusação infundada de ter deixado um déficit quando encerrou o seu segundo Governo, “é de rir”.
O juiz que deu a sentença, entretanto, levou em consideração mais uma instituição, a FIPE – Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, da Universidade de São Paulo, um órgão técnico, sem nenhuma conotação política, de inquestionável credibilidade no mercado, que também examinou a contabilidade do Estado e concluiu que o tal déficit denunciado por Braga e Alcides não passava de ficção.
Fabiana Pulcineli deixou de mencionar um detalhe da maior importância: tanto Braga como Alcides nunca apresentaram nenhum documento, demonstração contábil ou mesmo uma simples planilha comprovando que Marconi deixou qualquer rombo no caixa do Estado. Na matéria que ela mesma escreve, na edição deste sábado de O Popular, o ex-secretário da Fazenda mais uma vez volta a garantir que “todo mundo sabe do déficit herdado por Alcides”, mas, de novo, não apresenta nenhum documento ou raciocínio que capaz de confirmar a acusação.