Problemas à parte, a candidatura a governador de Antônio Gomide, prefeito de Anápolis, representa uma tremenda humilhação – política – para o seu colega do PT e prefeito de Goiânia, maior cidade de Goiás, Paulo Garcia.
De uma forma ou de outra, o fato é que Gomide está colocado no jogo sucessório de 2014. Ele está sendo lembrando por uma grande parte do PT como um bom prefeito, ao contrário de Paulo Garcia – cuja administração desastrosa em Goiânia é motivo de preocupação tanto para o PT como para o PMDB, receosos de um reflexo negativo nas urnas de outubro próximo.
Qualquer um que ocupasse o cargo de prefeito da capital do Estado e dono do segundo maior orçamento de Goiás teria automaticamente um lugar cativo como protagonista das discussões e do encaminhamento das eleições deste ano. Qualquer um… menos Paulo Garcia, que se tornou menor que o cargo e foi superado pelo seu colega de Anápolis, cuja Prefeitura está longe de ser pequena, porém sem dar ao seu titular a visibilidade que é muito amplificada em Goiânia.
Alguém duvida que, se Paulo Garcia fosse um bom prefeito, com uma administração moderna e dinâmica, ele não estaria em primeiríssimo lugar na cogitação das candidaturas a governador, não só do PT, isoladamente, mas até mesmo da aliança PMDB-PT?
Antônio Gomide, com muito menos estrutura, adquiriu estatura política superior ao seu colega de Goiânia. Se o PT chegar a lançar uma candidatura, o candidato será ele. A Paulo Garcia, como sempre ressentido e magoado, caberá um lugar no canto do palanque.
