No final de 2012, ao anunciar a equipe que trabalharia na prefeitura a partir de janeiro, o prefeito Paulo Garcia (PT) afirmou que a Secretaria Municipal de Trânsito teria à frente um quadro técnico importado de São Paulo com amplo conhecimento em mobilidade.
Patrícia Veras, meses depois, mostrou que não é nem a metade do que Paulo dizia. Pelo contrário: em vez de espalhar agentes de trânsito para ordenar o fluxo de carros em horários de congestionamento, Patrícia cuidou de instalar a maior e mais poderosa máquina de multas que existiu em Goiânia desde a época de Antenor Pinheiro, na gestão do ex-prefeito Pedro Wilson (PT).
A titular da SMT apostou na filosofia da pancada. Achou que o caminho para educar os motoristas era através de multa. Mas é verdade é que depois de abarrotar os cofres da prefeitura com milhões de reais arrecadados, o trânsito de Goiânia continua uma bela porcaria.
Patrícia falhou feio.
Depois de um ano de muitas escorregadas, a titular da SMT caiu para cima. Paulo a tirou do espeto e a jogou numa brasa ainda maior: a presidência da Companhia Metropolitana de Transporte Coletivo (CMTC), órgão que fiscaliza a execução dos serviços de ônibus para toda região metropolitana da cidade.
Resta saber se Patrícia chega à CMTC com a mesma sede para arrancar dinheiro do bolso do contribuinte. Seu papel será fundamental na discussão relativa ao aumento da tarifa de ônibus, que, no que depender da vontade dos empresários, pode chegar até a R$ 2,90.
O antecessor de Patrícia, Ubirajara Abbud, disse que o reajuste era inevitável. O Estado fará de tudo para impedir o aumento.
E Patrícia, como vai agir? Alguém arrisca um palpite?
