Em editorial, o jornal O Popular afirma neste sábado que “a Celg já foi geradora importante, situação perdida com a venda da usina de Cachoeira Dourada, equívoco histórico irremediável”.
No Governo Maguito Vilela, em 1997, a usina de Cachoeira Dourada foi privatizada e os recursos arrecadados pulverizados. Nem mesmo o próprio Maguito, hoje, sabe responder sobre onde e como o dinheiro foi aplicado.
O Popular, no editorial deste sábado, relaciona a venda da usina à situação de comprometimento financeiro em que a Celg acabou mergulhada, mas, finalmente, com perspectiva de solução depois do acordo celebrado entre o Governo de Goiás e o Governo Federal, nesta semana.
Leia a íntegra do editorial de O Popular:
O destino da Celg
Finalmente, em ato realizado no Ministério de Minas e Energia, o governo de Goiás fechou acordo para conclusão da transferência para a Eletrobras de 51% das ações do Estado na Celg, uma empresa em crise que, para o bem-estar da população goiana, precisa corrigir seu rumo.
O destino da empresa tem uma associação, hoje maior do que nunca, com o futuro econômico de Goiás, pois o Estado passa pelo crucial desafio de sustentação de seu crescimento, e a infraestrutura energética entra como quesito essencial. Sem a garantia de investimentos na Celg não há como assegurar a expansão de negócios nem mesmo corresponder de forma eficiente à demanda atual.
O Estado também enfrenta os chamados apagões. Segundo relatório da Aneel Goiás bateu novo recorde de horas no escuro em 2013, média de 40 horas/consumidor contra 35 horas de 2012, sinal inequívoco de piora do serviço. Espera-se que a partir do acordo ela se capacite. Além de ações que evitem a interrupção de um serviço essencial, espera-se maior rapidez no restabelecimento quando houver queda de energia.
A Celg já foi geradora importante, situação perdida com a venda da usina de Cachoeira Dourada, equívoco histórico irremediável. Mas isso não pode continuar a paralisar a recuperação da Celg como uma empresa à altura do desenvolvimento alcançado em Goiás.