O Exército vai ceder 90 homens para ajudar no combate à epidemia de dengue em Goiânia (GO). Em entrevista à Agência Brasil, a diretora de Vigilância em Saúde da capital goiana, Flúvia Amorim, explicou que o reforço começa na próxima segunda-feira (25) e deve abranger ações de controle do mosquito transmissor e também de atendimento a pacientes com suspeita da doença.
Segundo ela, 60 soldados da Brigada de Operações Especiais serão responsáveis por combater a proliferação do mosquito Aedes aegypti nas casas. A estimativa é fazer 16 mil visitas domiciliares na cidade neste mês.
“A presença de um soldado do Exército nos ajuda. Temos alguns locais onde há dificuldade do agente entrar no domicílio. As pessoas acham que não precisa, que a casa está limpa. Desta forma, temos mais força e maior visibilidade nas ações”, explicou Flúvia.
Mais 30 homens vão trabalhar na orientação a pacientes que procuram as unidades básicas de saúde com sintomas de dengue, desempenhando funções administrativas como digitação e registro de fichas. Além disso, quatro barracas serão montadas próximo aos locais de atendimento à saúde com leitos de observação e poltronas de hidratação.
Os 90 homens cedidos pelo Exército foram capacitados na semana passada, entre os dias 13 e 15, e devem permanecer nas funções por pelo menos 30 dias. As ações serão implementadas na região sudoeste de Goiânia e nos centros de assistência integral à saúde (Cais) de Campinas, João Natal, Ciams Novo Horizonte e nos centros de assistência integral médico-sanitário (Ciams) Jardim América. Já as barracas serão instaladas nos Cais dos bairros Goiás, Curitiba e nos Ciams Jardim América e Urias Magalhães.
Dados da Secretaria Municipal de Saúde indicam que Goiânia notificou, até o último dia 16, 17.195 casos de dengue. Em todo o ano de 2012, foram notificados 13.197 casos da doença na cidade e 32 mortes. A diretora lembrou que, historicamente, o município confirma entre 80% e 90% dos casos notificados. Nenhuma morte causada pela dengue foi confirmada este ano, mas pelo menos nove mortes estão sendo investigadas.
(Reportagem publicada na Agência Brasil)