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Segundo a Tribuna do Planalto, Marconi ainda não achou mote para uma possível candidatura

Veja matéria da Tribuna do Planalto:

Base ainda não tem mote para Marconi

Lideranças patinam quando o assunto é o tema a ser explorado pela base aliada na campanha para o governo. Sugestões são diversas e genéricas

Sáb, 08 de Fevereiro de 2014 10:01
Marcelo Tavares – Repórter de Política

A base aliada governista ainda não sabe qual o melhor mote para uma possível quarta campanha do governador Marconi Perillo (PSDB) ao governo do Estado. Lideranças do grupo governista não têm dúvidas em relação ao tucano ser o melhor nome para representá-los em outubro, porém derrapam quando o assunto é o discurso certo para convencer, mais uma vez, o eleitor a reeleger o governador. Após quase 16 anos no comando do Estado, cientistas políticos ouvidos pela reportagem creem que o desafio de Marconi será reinventar o seu discurso junto ao eleitorado.
Isso porque a cada novo mandato em que um governante coleciona no poder, o número de desgastes junto ao eleitorado aumenta e o de argumentos para encarar uma nova eleição diminui. Talvez até por isso, Marconi tem focado na gestão e ignorado a sua sucessão, pelo menos publicamente. Suas ações, porém, mostram que o tucano está com a cabeça voltada para o pleito eleitoral. Como parte de uma pré-campanha, a sua equipe formatou uma agenda de viagens por todo o interior do Estado. Anunciou que em fevereiro e março deve fazer visitas a 90 municípios para completar o roteiro de viagens às 246 cidades goianas. O novo mote, contudo, parece ser o desafio.
A dificuldade de escolher um tema para ser prioridade na campanha de Marconi é vista no discurso que aliados fazem ao falar do processo sucessório de outubro. O presidente regional do PSDB, Paulo de Jesus, explica que ainda não foi articulado um plano para escolher a definição de mote ou área que terá prioridade durante a campanha. Destacou que para Goiás continuar com sua linha de desenvolvimento é necessário prioridade em três áreas: econômica, social e de prestação de serviço do Estado. Na prática, porém, esses setores representam um leque muito grande para serem apresentados como prioridades de uma campanha.
Na parte econômica, Paulo de Jesus defende que os incentivos fiscais devem continuar porque, na opinião dele, contribuem para industrializar o Estado e gerar oportunidade de trabalho. A infraestrutura também não deve ser deixada de lado. “Modais de transportes eficientes facilitam escoamento da produção do Estado e o crescimento independente de Goiás”, pontua. Na área social, ele inclui prioridade para educação, educação profissionalizante, saúde, segurança pública e meio ambiente. Por último, na prestação de serviço público, afirma que é preciso cada vez mais incentivar a qualificação profissional dos servidores públicos do Estado, que consequentemente resultará no melhor atendimento à população.
O presidente do PSD, deputado federal Vilmar Rocha, também não é muito especifico. “O mote do futuro, não só nosso, mas da política brasileira, é sintonizar a pauta da política com a pauta das ruas. Hoje, muitas vezes há uma distância entre os dois”, ressaltou o parlamentar em entrevista na última edição da Tribuna. Vilmar também citou diversos setores que podem ser eleitos como prioridade: educação, mobilidade urbana, saúde e segurança pública.
O deputado considerou essas questões como básicas e afirmou que se, não resolvidas, não adiantará “ninguém buscar planos mirabolantes”. Ele ainda deixou claro que a educação deve ser prioridade. “Não teremos segurança, saúde e transporte sem uma boa educação. Em pesquisas, perguntamos quais as prioridades do povo, que responde segurança ou saúde. Mas acredito que devemos investir mais em educação, porque a população vê seu problema mais imediato, mas, atrás disso, há a questão da educação”, defendeu.
Já o deputado federal Roberto Balestra (PP) é direto ao dizer que somente o governador Marconi Perillo pode dizer qual será o seu mote de campanha. “Está no bolso dele. Ele que é detentor de todas essas informações é quem terá a capacidade de definir qual área priorizar. Todo administrador tem sempre a oportunidade de realizar muitas coisas”, destaca.

Qual o mote para Marconi Perillo 2014?

“É necessário prioridade em três áreas: econômica, social e de prestação de serviço do Estado”

Paulo de Jesus, presidente regional do PSDB;

“O mote do futuro, não só nosso, mas da política brasileira, é sintonizar a pauta da política com a pauta das ruas”

Vilmar Rocha (PSD), deputado federal

“O mote está no bolso dele. Ele que é detentor de todas essas informações; é quem terá a capacidade de definir qual área priorizar”

Roberto Balestra (PP), deputado federal

“Marconi precisará de reciclagem nas ideias e construir uma nova roupagem para a sua campanha”

Wilson Ferreira, cientista político

“Encontrar novos diferenciais, apelos que possam seduzir o eleitorado, mais uma vez, é um desafio”

Luiz Felipe Gabriel, publicitário

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