domingo , 24 novembro 2024
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Rolando Lero: Tribuna do Planalto faz 9 perguntas sobre propostas a Vanderlan. Sabe o que ele fez? Enrolou, escorregou e não disse nada

O empresário Vanderlan Cardoso quer ser governador de Goiás, mas não apresenta uma ideia ou proposta sequer para o Estado.
Na entrevista publicada neste final de semana pelo jornal Tribuna do Planalto, mas uma vez ele deu uma de Rolando Lero, aquele personagem de Chico Anysio que enrolava, escorregava e não dizia nada.

E que não faltou oportunidade. O jornalista que conduziu a entrevista fez nove perguntas sobre o que o empresário pensa em fazer. Mas, não saiu nada.

Veja as perguntas e respostas e confira:

Qual o principal problema de gestão do Estado hoje?
São muitos. Tem o problema da segurança, que está crítico, e a gente não vê um plano de ação que vise um horizonte a médio ou longo prazo. Estão sendo colocadas alternativas que só visam o agora, as eleições. É um absurdo o governador, numa entrevista, dizer que o ano de 2014 será o ano da segurança. E manda prender as informações dos homicídios, porque elas não podem vir à tona. A segurança deve ser feita todos os anos. Em 2010, isso não foi falado no Plano de Governo. Outro problema, que afeta todas as áreas, é o que vivemos e não está sendo bem divulgado como deveria: a questão energética. Ela não será resolvida da noite para o dia. Esse impasse da Celg, quem manda na empresa, os recursos que devem ser aportados e, depois de aportados, quanto tempo demorará para serem feitas as redes de transmissões e as estações para distribuir a energia. Isso não tem sido divulgado. Nosso problema não é a falta de energia. Temos energia de sobra. O problema é a rede e a distribuição dessa energia. Estive em Rio Verde recentemente e tínhamos uma reunião marcada com o presidente do Sindicato Rural. Ele teve de desmarcá-la às pressas para ir a uma fazenda porque faltou energia e vários animais estavam morrendo. Quando remarcamos a reunião, ele contou que teve um prejuízo de R$ 70 mil. Ao conversarmos com os produtores que compraram um pivô central para ligar a energia, vemos que as prestações estão vencendo, mas não há energia. Os empresários estão desorientados porque não tem como suprir as demandas de energia e eles são forçados a comprar geradores e, quando resolvem fazê-lo, não há geradores. A maioria dos hospitais já está desesperada comprando geradores e, nas residências, já há pessoas fazendo isso.

E a questão da mobilidade? O que o sr. está planejando para essa área?
O maior problema que eu vejo aí, hoje, principalmente o que aconteceu com as passeatas, o Passe Livre, é que isso tudo foi prometido. Não foi só em 2010, em outras eleições. O candidato deve ter muito zelo quando ele sobe no palanque ou vai à televisão colocando as suas propostas, porque o povo não esquece. Cadê o Passe Livre estudantil? Quando eu representava os prefeitos na Câmara Deliberativa do Transporte Coletivo nós levamos uma proposta em que todos os impostos relacionados à cadeia do transporte coletivo fossem isentos. E na época iria baixar 25% só com essas ações.

Eleito governador, o sr. faria isso?
Eu iria trabalhar junto com os deputados para pressionar que o PIS, COFINS e o IPI, que envolve a cadeia do transporte coletivo, fosse zero. Nós íamos trabalhar neste sentido. E quando um levanta a bandeira e começa alguns a seguir, você pode ter certeza que dá certo. Ia trabalhar também para que 10% do dinheiro destinado do pré-sal fosse para o Passe Livre. Daria para cobrir todo o Brasil. Resolveria o problema.

Se é difícil convencer os deputados estaduais imagina o Congresso?.
Não é. É só a turma sair com a bandeira, como saiu. Eu quero ver se algum deputado federal, quando chegar uma bandeira dessas lá, vai ser contra. Não vai.

O sr. tá falando de subsídios. O Estado mal tem dinheiro para pagar a folha de pagamento dos servidores e as dívidas.
Discordo.
Mas são os números do governo.
São os números do governo, sabe por quê? Porque tem grandes empresas no Estado que recolhiam o seu ICMS todo mês e esse governo, quando entrou, além de aumentar os incentivos fiscais, ainda deu direito de não pagarem nada. Tem uma empresa em Goiás que arrecadava R$ 10 milhões por mês, não está arrecadando nada e ainda está vendendo crédito de ICMS.

Qual empresa?
Não vou estar aqui divulgando o nome de empresa, mas é possível ter dados na secretaria da Fazenda. Tem os números no informário e nós podemos pegar pra vocês. E não é só uma empresa não. É mais de uma empresa que tem esses créditos outorgados que foram feitos e aprovados na Assembleia e que não foram divulgados.

Como governador o sr. acabaria com isso?
Lógico. Isso é um absurdo. Uma empresa que já tem todo o incentivo fiscal, que recolhe zero, com o crédito que ela tem ainda vão dar direito pra ela vender? Isso aí não é incentivo fiscal, é maracutaia. Isso é o maior absurdo. Em 2010, num debate que teve na Câmara dos Vereadores pela Rádio 730, eu falei isso. Houve algum questionamento? Não houve. Incentivo fiscal é uma coisa. Outra coisa são os créditos outorgados que foram dados às empresas e que elevou o incentivo a 100% dando direito a vender os créditos que tem.

O que de mais imediato deve ser colocado em prática hoje?
Nós temos como base principal um governo com gestão elegendo as prioridades com foco a curto, médio e longo prazo. Só que hoje tem coisas que não são a curto prazo, e sim a curtíssimo prazo. Por exemplo, a segurança. No dia que assumir já tem que ter várias medidas para que haja impactos imediatos. Fazer o que o Eduardo Campos fez em Recife. Não estamos inventando nosso Plano de Segurança. Estamos trazendo de Pernambuco e adaptando no Estado de Goiás. É o Pacto Pela Vida. Recife passou o ano passado 140 dias sem nenhum homicídio. Aqui tem dias que estamos tendo seis. Outro ponto a curtíssimo prazo será a energia.

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