Veja matéria do Diário da Manhã:
Quatro deputados goianos não votam cassação de Donadon
Dos 17 goianos, apenas Rubens Otoni (PT), Vilmar Rocha (PSD) e Magda Mofatto (PR) registraram presença e não votaram; Iris de Araújo (PMDB) se ausentou da sessão por problemas de saúde. Decisão ocorre seis meses depois de o mesmo plenário ter rejeitado
Helton Lenine
Dos 17 deputados federais goianos, 13 votaram pela cassação do mandato de Natan Donadon (sem partido, RO), três registraram presença, mas não participaram da votação na última quarta-feira – Rubens Otoni (PT), Vilmar Rocha (PSD) e Magda Mofatto (PR) –, e um se ausentou do plenário – Iris Araújo (PMDB). O ex-deputado é condenado por peculado e formação de quadrilha e está preso, desde junho do ano passado, por decisão do Supremo Tribunal Federal.
Magda Mofatto alegou compromissos externos do Congresso Nacional já pré-agendados, enquanto que Rubens Otoni e Vilmar Rocha justificaram compromissos pessoais para não participar da votação.
Já Iris de Araújo afirmou por meio da rede social Twitter: “De licença para tratamento medico,ausente de Brasília desde a semana passada, não pude ratificar em aberto o voto pela cassação de Donadon.”
Magda informou que esteve em parte da sessão plenária, mas que teve que se deslocar para Goiânia, onde receberia prefeitos. “São prefeitos que saíram de longe atrás de benefícios para suas cidades.”
Otoni disse que foi paraninfo da colação de grau de uma turma de Engenharia de Produção Mecânica e Elétrica da UniAnhanguera, em Anápolis, tendo que deixar a Câmara antes que o processo entrasse em votação. “Estive à tarde na Casa. A solenidade estava marcada para começar às 20h e não pude ficar até o final”, justificou.
Vilmar encontra-se em Paris em comemoração ao aniversário de 63 anos, completados, quinta-feira, um dia depois da votação do processo de cassação do deputado Natan Donadon. Ele teve receio de perder o voo para a França e saiu mais cedo da Câmara, quarta-feira, deixando de votar.
São os seguintes os 13 deputados goianos que votaram pela cassação do mandato de Natan Donadon: Armando Vergílio (SDD); Carlos Alberto Leréia (PSDB); Flávia Morais (PDT); Heuler Cruvinel (PSD); João Campos (PSDB); Jovair Arantes (PTB); Leandro Vilela (PMDB); Pedro Chaves (PMDB); Roberto Balestra (PP); Ronaldo Caiado (DEM); Sandes Júnior (PP); Sandro Mabel (PMDB e Thiago Peixoto (PSD).
VOTAÇÃO ABERTA
Em votação aberta, a Câmara decidiu, na última quarta-feira, por 467 votos e uma abstenção, cassar o mandato do deputado Natan Donadon (sem partido-RO), condenado a mais de 13 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Para a cassação do mandato, eram necessários os votos de pelo menos 257 dos 513 deputados. A decisão ocorre seis meses depois de o mesmo plenário ter rejeitado, em votação secreta, cassar o mandato do parlamentar. Na ocasião, somente 233 deputados foram favoráveis à cassação.
O único deputado que se absteve em relação à cassação de Donadon foi Asdrubal Bentes (PMDB-PA).
Natan Donadon compareceu à sessão, mas não se pronunciou no plenário. Ele está preso desde 28 de junho no presídio da Papuda, em Brasília, onde cumpre pena de 13 anos, quatro meses e 10 dias em regime fechado devido à condenação, em 2010, por peculato e formação de quadrilha.
