Em entrevista ao site de notícias G1, o presidente do Sindicato dos Policiais Federais em Goiás (Sinpefgo), Adair Ferreira dos Santos, reclamou da interferência do governo federal sobre as ações da PF. Esse é um dos motivos da paralisação dos agentes da PF por 48 horas em Goiás (leia aqui a matéria do G1).
Estima-se que cerca dos 70% dos policiais estejam de braços cruzados. “Existe um claro controle político sobre a atuação da PF. Em casos de apuração de atos de corrupção, os chamados ‘crimes de colarinho branco’, os agentes são obrigados a preencher formulários, informando quem são as figuras públicas alvos dos trabalhos. Isso refletiu em uma queda nas apurações”.
Os policiais também pedem reajuste salarial, o que não ocorre há sete anos. “A nossa perda salarial já é de quase 50% nesse período. O governo ofereceu um reajuste de 15%, parcelado em três vezes, mas isso não é suficiente. Sem contar que os profissionais se sentem desvalorizados e, quando não se aposentam, usam a PF como trampolim para outras carreiras”, disse Adair ao G1.