Veja matéria do site Goiás247:
O prefeito Paulo Garcia (PT) se vê numa encruzilhada daquelas: assumir sozinho a bronca da situação caótica das finanças da prefeitura ou dividir a responsabilidade com os antecessores, correndo o risco de interferir no desempenho eleitoral de aliados.
O inchaço na folha de pagamento do Paço Municipal chegou ao limite. O aviso do secretário de Finanças, Cairo Peixoto, foi alarmante. Ou os cortes são feitos ou o salário vai atrasar. Não há muitas alternativas. Desde o ano passado, a situação financeira da prefeitura aparece no centro dos debates.
Supersalários, incorporações ilimitadas, gratificações e disposições sindicais contribuíram para que os gastos com pessoal chegassem no teto estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). A pergunta que corre nos corredores do Paço é: tudo isso aconteceu apenas nos quatro anos de gestão de Paulo Garcia?
Antes dele foram quatro anos de Pedro Wilson (2000-2004) e mais seis de Iris Rezende (2004-2010). Alguns auxiliares de Paulo Garcia defendem que se hoje as finanças estão mal é porque nos governos anteriores houve desajustes. Só que até agora o prefeito não veio a público dividir a culpa com os antecessores.
Se fizer isso, Paulo estará jogando a bomba no colo de seu padrinho político Iris Rezende. O Goiás247 apurou que ex-auxiliares de Iris estariam prontos para o revide caso Paulo Garcia tente culpá-los pela bagunça financeira que se tornou a prefeitura de Goiânia.
Do jeito que está, o prefeito vai ter que assumir sozinho a bronca e cortar benefícios. Só assim irá conseguir pagar a folha em dia.