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Goiânia

Paulo Garcia brinca com o servidor e a população: Comurg tira gratificações baixas e preserva salários de até 57 mil

Veja matéria do site Brasil247:

Comurg tira gratificações baixas e preserva marajás
Após denúncias de que empresa de limpeza urbana de Goiânia estaria cortando benefícios de pouco mais de R$ 100 para fazer caixa e pagar locação de caminhões, vereador Elias Vaz (PSB) constata que pelo menos cinco servidores receberam, em fevereiro, muito além do teto constitucional de R$ 19 mil; auxiliar operacional ganhou R$ 57.706,64; um assistente e um professor de Educação Física receberam mais de R$ 35 mil cada

13 de Março de 2014 às 17:50

Goiás247_ O vereador Elias Vaz (PSB) recebeu denúncias de servidores da Comurg que tiveram gratificações cortadas nos últimos dias. Segundo as informações, a diretoria da Companhia teria dito que o corte das FCs, funções de confiança, seria necessário para pagar o contrato de locação dos caminhões que realizam a coleta. “O problema é que muitos desses funcionários tem gratificações de pouco mais de 100 reais. A Comurg resolve atingir esses trabalhadores que ganham pouco e não os que conseguem penduricalhos que fazem o salário multiplicar”, destaca Elias Vaz.

O vereador identificou na folha de pagamento de fevereiro disponibilizada pelo Portal da Transparência da prefeitura muitos servidores que continuam recebendo altos salários. Pelo menos cinco receberam no mês passado acima do teto, o salário do prefeito, de cerca de R$ 19 mil. Todos trabalham na Comurg. É o caso do auxiliar operacional Ormando José Pires Júnior, com salário base de R$1.902,70, gratificação incorporada de R$2.236,90, quinquênio de R$8.473,82, férias de R$28.242,20 e outros proventos no total de R$16.852.03, totalizando R$57.706,64, valor bruto. Mesmo o funcionário tendo recebido férias, Elias Vaz faz um questionamento. “Que mágica ele conseguiu fazer para saltar de um salário de menos de 2 mil reais para quase 58 mil? São esses casos que fazem a folha inchar e não gratificações de 100 reais”.

O assessor administrativo Donizete Lima de Mesquita recebeu salário bruto de R$39.365 reais, somando ao vencimento básico de R$2.319,67 gratificação incorporada, quinquênio, outros proventos e férias. Outro caso que chama a atenção é o do professor de educação física à disposição da Comurg, João Afonso Berquó Filho, que ganhou em fevereiro mais de R$35 mil, somando gratificação, quinquênio e outros proventos (de mais de R$15 mil). “O que não é possível entender é por que a prefeitura não toma uma atitude e não começa a apurar essa situação. Não defendo que direitos sejam suspensos, mas não podemos admitir que o problema continue enquanto os gastos do Município com pagamento estejam acima do limite estabelecido por lei”, ressalta Elias Vaz.

Além desses casos, o vereador defende que sejam investigados os casos de servidores que, apesar do corte para adequação ao teto salarial, continuam recebendo altos salários, próximos aos do prefeito. “O fato de a prefeitura ter baixado um decreto estipulando o teto não explica essa matemática que faz com que uma pessoa que ganha dois mil de salário base receba, no final das contas, 19 mil reais. Isso precisa ser apurado”.

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