quarta-feira , 17 julho 2024
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Indignidade: ao desqualificar o bom resultado de Goiás no IDEB, que diz ser produto de fraude, Vanderlan ofende estudantes e professores

 

O empresário Vanderlan Cardoso, pré-candidato do PSB a governador, acaba de cometer uma indignidade – e grande – em relação a todos os estudantes e todos os professores da rede estadual de ensino.

Em entrevista ao Jornal Opção, Vanderlan afirmou que o bom resultado que Goiás obteve no último exame do Ideb foi resultado de uma fraude.

Segundo o empresário, como sempre massacrando a Língua Portuguesa,“o índice de Goiás foi obtido com a exclusão dos alunos com notas inferiores. É a sistemática com que as informações foram repassadas para o MEC [Ministério da Educação] que fizeram (sic) com que houvesse esse salto”.

Os entrevistadores do Jornal Opção apertaram Vanderlan. Pediram provas e ele não tinha. Perguntaram por que ele não levou a denúncia ao Ministério Público e ele não explicou. Disse que “repassou” o assunto a deputados e que compete a esses deputados “se movimentarem a respeito desse assunto”.

Irresponsabilidade. Calúnia. Abjeção.

Na verdade, leitor, essa acusação de Vanderlan é uma baixeza, uma vilania que ele está cometendo com os alunos e professores da rede estadual. No último exame do Ideb, Goiás saltou do 15º para o 5º lugar, resultado que foi produzido pela dedicação dos estudantes, pelo trabalho do mestre e também pelas políticas que o Governo adotou para a Educação (bônus para professores, retorno de centenas de professores para a sala de aula, aplicação das Avaliações Diagnósticas, curso de gestão para os diretores, contínuas formações para os profissionais e por aí vai…).

Além disso, é impossível fraudar o Ideb, muito menos eliminando provas com resultados inferiores. O exame sequer é aplicado pelo Governo do Estado, mas sim pelo Ministério da Educação, mediante controles rigorosos, com base no Censo Escolar. Se houvesse redução no número de estudantes avaliados, seria necessário mexer nos números do Censo e isso seria detectado de imediato. E, de resto, que Estado seria “louco” o suficiente para diminuir o número de alunos detectados, já que até a quantidade é decisiva e interfere na captação de verbas junto ao Governo Federal?

De alguém que pretende governar Goiás e representar o povo goiano, o mínimo que se exige é que diga a verdade e, caso faça alguma denúncia, que apresente provas.

Do contrário, o que temos é uma infâmia.

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