A candidatura a governador do empresário Vanderlan Cardoso está na dependência de uma decisão favorável do Tribunal de Justiça do Estado, no processo em que ele foi condenado por doar R$ 550 mil reais da Prefeitura de Senador Canedo a um time de futebol.
Tanto a denúncia do Ministério Público contra Vanderlan quanto a sentença da Justiça, em primeiro grau, consideraram que o ato foi “ilegal, imoral e lesivo para o município de Senador Canedo”.
Vanderlan foi condenado a pagar uma multa e teve os seus direitos políticos suspensos por três anos. O processo será agora analisado pelo Tribunal de Justiça, que pode modificar, manter ou anular a sentença. Caso a suspensão de direitos políticos seja mantida, ele não poderá registrar sua candidatura neste ano.
Ao ser condenado, em janeiro último, Vanderlan reagiu com palavras duras contra a juíza que o condenou, contra o Ministério Público e até contra uma das desembargadoras que compõem o TJ-GO. Segundo o empresário, a sentença foi produto de uma armação entre a juíza Yanne Pereira e Silva, de Senador Canedo, que exarou a sentença condenatória, e a desembargadora Nelma Perillo, corregedora do Tribunal e, conforme Vanderlan, parente do governador Marconi Perillo.
Para Vanderlan, além de “armação”, a sentença constituiria uma “palhaçada” da parte do Poder Judiciário. A condenação teria como objetivo prejudicar a sua candidatura, que, ainda de acordo com as suas declarações, estaria “crescendo nas pesquisas e incomodando o governador Marconi Perillo”.