O empresário Vanderlan Cardoso, que entrou em uma fase de baixo astral com as seguidas pesquisas mostrando que o nome dele não deslancha nas intenções de voto do eleitorado goiano, tenta se agarrar ao fato de que ele é o menos rejeitado.
E é verdade. Na pesquisa Grupom/Tribuna divulgada neste fim de semana, por exemplo, Vanderlan tem o menor índice de rejeição (e, mesmo assim, alto: 26,1%). Os demais candidatos oscilam de Antônio Gomide com 28,1% a Marconi Perillo, 39,1%, passando por Iris Rezende com 30,8% e Júnior Friboi, 29,6%.
Em vez de comemorar esses números, Vanderlan devia era chorar. O fato de ser o menos rejeitado (e, lembrando de novo, mesmo assim com um número elevado) apenas documenta que ele é pouco conhecido e, portanto, sem capital para alcançar índices melhores de intenções de voto.
De resto, a rejeição, hoje, é um critério falho para a apuração das possibilidades de uma candidatura. Primeiro, porque há uma desconfiança generalizada da população em relação à classe política e a qualquer político (daí Vanderlan ser rejeitado por 26,1% do eleitorado, mesmo sendo desconhecido). Segundo, não é a rejeição que determina a vitória desse ou daquele candidato, mas, ao contrário e logicamente, a sua aceitação.
Foi assim que Iris Rezende, com 47% de rejeição, foi eleito em 2002 como prefeito de Goiânia, depois de ter começado a campanha com 32% das intenções de voto.