Em 2010, assim que perdeu as eleições (ficou em terceiro lugar), o empresário Vanderlan Cardoso iniciou imediatamente a sua campanha com vistas à próxima eleição, no caso a de outubro próximo.
São, portanto, quase quatro anos de campanha. A estratégia de Vanderlan é viajar aos municípios, fazer reuniões com plateias reduzidas, dar entrevistas a veículos de comunicação sem penetração e sem audiência, visitar lideranças de outros partidos e, quanto ao discurso, c atacar o Governo do Estado e até outros concorrentes dentro do próprio campo oposicionista, sem se preocupar com propostas.
Tudo isso, leitor, resultou em uma soma ZERO. Isso mesmo: ZERO. Como a própria Tribuna do Planalto mostra em manchete na sua primeira página, nesta semana, com base na pesquisa Grupom sobre as intenções de voto no Estado, Vanderlan não atraiu um eleitor a mais do que os conquistados em 2010, apesar do tempo, do dinheiro e do suor que dispendeu pelo Estado afora desde aquela época.
Vamos aos números: em 2010, apuradas as urnas, o milionário de Senador Canedo obteve exatamente 16,6% dos votos goianos. Três anos e cinco meses depois, conforme a pesquisa Grupom/Tribuna publicada neste fim de semana, Vanderlan tem… o mesmo percentual de 16,6% das intenções de voto.
Isso, leitor, não é só uma coincidência. É uma triste realidade.
A “campanha” de Vanderlan não funcionou. Em, em matéria de apoio político, ele está muito pior. Em 2010, teve a seu favor a força da máquina administrativa do Estado, já que foi apoiado pelo governador Alcides Rodrigues. Hoje, o empresário está sozinho. Ou melhor: conserva o apoio de Alcides, a única lideraça de alguma expressão ao seu lado (afinal, é um ex-governador), mas Alcides – com a sua tradicional inoperância – está mais sozinho ainda que Vanderlan e não ganha eleição nem em Santa Helena, seu reduto, onde o atual prefeito foi eleito pelo PMDB.
De outubro de 2010, até hoje, Vanderlan trabalhou, trabalhou, trabalhou, mas não acrescentou um voto ao seu capital eleitoral.
Um vexame.