O “diagnóstico” e o ”plano de Governo” que o empresário Vanderlan Cardoso está revelando, aos poucos, segundo ele produto do trabalho de mais de 100 técnicos (lorota em que ninguém acredita, já que ele não cita o nome de nenhum), são, na verdade, propostas de marketing, muitas baseadas em informações completamente equivocadas e superadas, que são acompanhadas pela afirmação – na qual se deve acreditar como artigo de fé – de que Vanderlan é o bom e que bastará a sua eleição para resolver todos os problemas do Estado.
Muitos dos problemas , segundo Vanderlan, serão solucionados porque “basta ter boa vontade”. E, lógico, é ele que teria essa tal “boa vontade”.
Vanderlan usa dados ou propositalmente distorcidos ou então simplesmente errados, como a afirmação de que a polícia goiana só tem 60 homens trabalhando em inteligência. Não é verdade e uma consulta ao site da Secretaria de Segurança Pública confirma que são 580 profissionais, quase 50% a mais que o efetivo do Estado de Pernambuco – que o milionário de Senador Canedo gosta de apresentar como muito melhor do que Goiás.
Vale lembrar, aqui, que a política de segurança de Pernambuco, denominada Pacto pela Vida, é um fracasso e nunca conseguiu alcançar nem a metade da anunciada meta de reduzir os homicídios em 12% ao ano.
O “diagnóstico” e o “plano” de Vanderlan estão resumidos em frases de efeito e concentram-se em conjecturas de natureza fiscal, sugerindo que é mesmo o ex-secretário da Fazenda, Jorcelino Braga, quem está por trás de tudo. Braga, no Governo Alcides Rodrigues, notabilizou-se por passar quatro anos na Sefaz discutindo questões de déficit, arrecadação e orçamento, levando a gestão alcidista a um desastre administrativo sem precedentes na história de Goiás e legando um rombo de quase R$ 2 bilhões para o seu sucessor.
Vanderlan oculta a participação de Braga no seu “planejamento”, embora não se saiba por quê? Mas a obsessão do empresário com a Celg mostra que Braga, deve, sim, estar comandando a assessoria do empresário. No final do Governo Alcides, uma operação com a utilização da companhia para quitar as contas da administração e fechar um rombo, foi barrada pela Assembleia e até hoje é apontada pelos próprios ex-auxiliares de Alcides como a suposta causa do buraco deixado como herança maldita para o novo Governo. Alcides passou, mas não a dor de cotovelo porque a operação da Celg não deu certo.