O Bom Dia Brasil desta terça-feira alçou Goiânia mais uma vez à vitrine da vergonha nacional. A cidade emplacou manchete por causa das montanhas de lixo acumuladas na rua e do fedor que assombra as nossas casas – resultado da incompetência administrativa do prefeito Paulo Garcia (PT).
A reportagem colheu depoimentos assustadores. Em bairros onde a coleta antes era feita três vezes por semana, segundo moradores, há mais de dez dias que os caminhões caçamba não passam. O colapso aconteceu porque a prefeitura não paga a dívida que tem com a empresa responsável pela coleta, no valor de R$ 4 milhões.
“É uma pouca vergonha da prefeitura, de quem cuida do lixo. Porque deixar uma cidade dessa em uma situação dessa?”, afirma a dona de casa Margarida Gomes na reportagem do Bom Dia Brasil. “A cidade está jogada para os lixo”, reclama a costureira Vera Andrade (assista aqui).
Faltou dizer que a crise do lixo não começou em Goiânia do dia pra noite. A origem dela está na herança que o PMDB de Iris Rezende deixou para Paulo Garcia, incluindo aí contratos milionários, descuido com dinheiro público e decisões administrativas visivelmente equivocadas.
CORRUPÇÃO
O presidente da Comurg, Nelcivone Melo, já avisou que a coleta será normalizada apenas em junho, quando 40 caminhões que foram adquiridos ano passado vão estar prontos para serem usados. Nelcivone assumiu a companhia há 10 dias após o afastamento do ex-presidente Luciano de Castro. Ele foi afastado por uma liminar judicial resultante de ação do Ministério Público por improbidade administrativa.
Luciano é acusado de comandar um esquema que fraudava licitações na Comurg. A pasta é a principal dor de cabeça para o prefeito Paulo Garcia (PT). Desde o começo do ano passado a crise do lixo atormenta o petista, que não consegue achar solução para o problema. A imagem do prefeito se desgasta ainda mais porque Goiânia sempre foi conhecida nacionalmente como a cidade das flores.
Também foi na Comurg que ocorriam os supersalários. Dirigentes e funcionários de alto escalão da companhia chegavam a receber R$ 60 mil por mês, aproveitando-se de brechas sindicais, gratificações e horas extras.