terça-feira , 26 novembro 2024
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Estilo PMDB de governar: funcionários negam atendimento a pacientes em PSF de Aparecida

O Posto de Saúde Rosa dos Ventos, em Aparecida, ilustra bem o que é o modelo administrativo adotado pelo PMDB – partido do prefeito Maguito Vilela.

Fernando Rosa Oliveira telefonou à TV Anhanguera e disse que desde 2012 tenta marcar o retorno dos pais e dos irmãos ao médico para mostrar o resultado de exames, mas as enfermeiras negam atendimento sob alegações diversas – uma delas é a falta de médicos no local.

A repórter Giovana Dourado visitou o posto de saúde e encontrou Fernando sentado no chão com os exames espalhados ao seu redor e o sol a desafiá-lo. “Desde 2012 ligo no 0800, não consigo entregar os exames. Venho aqui, o pessoal não quer marcar. A funcionária fala que aqui não é pronto-socorro, a gente é maltratado aqui dentro, chega aqui não tem ninguém, direto falta médico aqui, não tem remédio”.

Segundo Fernando, os enfermeiros do posto mandaram-no procurar a coordenadora responsável pela administração do posto, que ele chama de “senhora Keila”, mas ela disse que não poderia resolver o problema do rapaz. “Perguntei pra ela: ‘quem pode resolver?’ Ela: ‘não sei, você procura’. E aí eu procurei a ajuda de vocês, da televisão”.

O protesto de Fernando era silencioso, mas mesmo assim despertou a ira da administração do prefeito Maguito Vilela (PMDB), que destacou agentes da Guarda Municipal para intimidá-lo e ameaçar levá-lo para delegacia. De forma respeitosa, o rapaz desmontou o agente: “eu conheço a lei”.

A repórter entrou no posto e descobriu também que, há pelo menos um mês, as crianças de Aparecida não têm acesso a vacinas por duas razões. A primeira delas: a prefeitura esperou o estoque do produto acabar para licitar um novo lote (o que é uma prática condenável) e, pra piorar, a licitação foi embargada.

A segunda: acredite, mas não havia geladeira para armazenar vacinas. Só na última sexta-feira é que Maguito providenciou o conserto, depois de ser informado que a TV Anhanguera faria uma blitz no local. Dentro dela só há garrafas de água gelada para matar a sede de enfermeiras mal-educadas. 

Mas o pior de todos os problemas é que na porta do posto não há nem calçada, nem asfalto. E todos sabemos que asfalto é uma questão de saúde pública.

Assista aqui a reportagem completa.

 

 

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